O Cristão e o Suicídio
Atualmente estamos vivenciando uma série de pessoas que professam a fé cristã, digo cristã no sentido como os crentes eram chamados outrora, protestantes. Não é fácil mergulhar nas águas turvas e profundas desse assunto. Mas vou arriscar alguns singelos pitacos que pululam o meu coração.
Quando lemos às Escrituras Sagradas, nos deparamos com situações que nos chamam à atenção. A titulo de laconicidade, vou-me deter em apenas dois casos, que nos parecem situações de pessoas depressivas. O primeiro caso, é o de Elias. O Livro de I Reis, em seu capítulo 18, a partir do seu verso 16, nos conta à história do profeta do Senhor frente aos quatrocentos e cinquenta profetas de Baal, já que os quatrocentos profetas de Aserá não compareceram. O episódio se desenvolveu no momento em que o covarde rei Acabe, cujo governo estava sob a influência máxima de sua esposa Jezabel, resolveu confrontar Elias com a acusação de que este estava perturbando a Israel. Elias, por sua vez, não deixou a oportunidade sumir, mas devolveu à acusação dizendo que quem de fato estava perturbando à nação era o rei e toda sua família, exercendo um governo nefasto. Diante disso, o profeta do Senhor lançou um desafio a Acabe. Ele mandou que os profetas de Baal e Aserá fossem todos reunidos, e no momento em que todos estivessem reunidos, fosse feito desafio que o Deus que respondesse à oração com fogo, era de fato o Deus que deveria ser adorado.
Desafio feito, temos a partir dos versos 25 à 29 o clamor inlgório dos profetas de Baal. Como não havia qualquer resposta, Elias entrou em cena no verso 30 e pediu para que o povo se aproximasse. Reparou o altar, e então clamou ao Senhor. Nos versos 36 e 37 ele fez uma oração e logo no verso 38 Deus o respondeu consumindo todo o holocausto ali preparado. Elias mandou prender os profetas de Baal, matando-os fragorosamente. A história é bastante rica em como Deus não deixou o seu servo desprovido do seu poder glorioso.
No entanto, a vida não é só feita de manifestações miraculosas de Deus, assim como não foi na vida do profeta Elias. Dias depois, vemos o profeta desiludido com a vida, tendo em vista que a situação não ficou muito animadora para ele, já que havia um mandado de Jezabel para que Elias fosse executado, por ter ele matado a todos os profetas de baal. No capítulo dezenove, verso quatro, o profeta deitado debaixo de um arbusto e sem forças para contornar a situação, pede para si a morte. Beacon diz, " ele se sentia tão deprimido a ponto de desejar que sua vida logo terminasse." Há momentos em nossa vida, nos quais nos encontramos assim, e aí, a mente começa a fazer indagações quase impossíveis de se chegar a uma resposta.
Outro personagem emblemático quando nos referimos à depressão é Davi. o homem segundo o coração de Deus, cf. 1ª Sm.13.14 e At.13.22. No Salmo 32, no qual o consagrado rei de Israel abre o seu coração e fala do estado em que se encontra. Ele diz que via à mão de Deus pesar sobre ele de dia e de noite, a ponto de ele não ter descanso. Calvino comentando esse texto explica "Às vezes sucede que, os que são torturados pela mais aguda tristeza, chegam ao ponto de sua dor os corroer e devorar interiormente e a guardam velada e reclusa em seu íntimo, sem confessá-la, e a violência de sua tristeza se irrompe com tanto ímpeto que não mais podem contê-la." Diante da dor da alma, muitas vezes não sambemos o que fazer.
Homens como o profeta Elias e o rei Davi venceram suas dores na alma. Não por que eles tivessem mais intimidade com Deus ou por que Deus os tratasse diferente. NÃO! Eles venceram porque resolveram confiar na graça do seu Criador. Suportou as mais lancinantes dores, sabendo que havia um Deus que os amava e que cuidava de cada detalhe de suas vidas.
Eu sei que lidar com a depressão não é algo fácil. Há uns que são mais fortes do que outros. Mas o que eu quero dizer é que se Deus cuidou tão bem dos seus no passado, não estará cuidando mais hoje? SIM, está, muitas vezes estamos tão desesperados para resolver os problemas da nossa alma, que não damos tempo suficiente para esperar mais um pouco. Queremos nos livrar logo da dor.
Infelizmente, muitos cristãos têm tentado resolver da maneira mais complexa. Não quero fazer qualquer julgamento acerca dos que partiram para tirar à própria vida. Acho simplório, precipitado, e pior ainda, injusto falar dos que se foram, tendo em mente que o final deles será a danação eterna. Porém, devemos guardar certa ressalva quanto a aceitar tranquilamente que essas coisas aconteçam em nosso meio sem que nos posicionemos. Acredito que se essas coisas estão acontecendo amiúde, chegou à hora de refletirmos melhor acerca da nossa fé. De como estamos nos relacionando com o próximo. É lamentável a falta de empatia de muitos irmãos ante a dor dos que choram os seus mortos.
Diante de tudo, é necessário que primemos pela comunhão. pelo amor não fingido, pela palavra de apoio, e sobretudo, que ofereçamos os nossos ouvidos para ouvir a dor dos que sofrem. Muitas vezes, o que essas pessoas podem ter de mais importante, é a sua presença para contar acerca da dor profunda na qual se encontra. Que Deus nos guie graciosamente, guarde os nossos, e console os que hoje choram copiosamente a perda dos seus ante queridos.
Homens como o profeta Elias e o rei Davi venceram suas dores na alma. Não por que eles tivessem mais intimidade com Deus ou por que Deus os tratasse diferente. NÃO! Eles venceram porque resolveram confiar na graça do seu Criador. Suportou as mais lancinantes dores, sabendo que havia um Deus que os amava e que cuidava de cada detalhe de suas vidas.
Eu sei que lidar com a depressão não é algo fácil. Há uns que são mais fortes do que outros. Mas o que eu quero dizer é que se Deus cuidou tão bem dos seus no passado, não estará cuidando mais hoje? SIM, está, muitas vezes estamos tão desesperados para resolver os problemas da nossa alma, que não damos tempo suficiente para esperar mais um pouco. Queremos nos livrar logo da dor.
Infelizmente, muitos cristãos têm tentado resolver da maneira mais complexa. Não quero fazer qualquer julgamento acerca dos que partiram para tirar à própria vida. Acho simplório, precipitado, e pior ainda, injusto falar dos que se foram, tendo em mente que o final deles será a danação eterna. Porém, devemos guardar certa ressalva quanto a aceitar tranquilamente que essas coisas aconteçam em nosso meio sem que nos posicionemos. Acredito que se essas coisas estão acontecendo amiúde, chegou à hora de refletirmos melhor acerca da nossa fé. De como estamos nos relacionando com o próximo. É lamentável a falta de empatia de muitos irmãos ante a dor dos que choram os seus mortos.
Diante de tudo, é necessário que primemos pela comunhão. pelo amor não fingido, pela palavra de apoio, e sobretudo, que ofereçamos os nossos ouvidos para ouvir a dor dos que sofrem. Muitas vezes, o que essas pessoas podem ter de mais importante, é a sua presença para contar acerca da dor profunda na qual se encontra. Que Deus nos guie graciosamente, guarde os nossos, e console os que hoje choram copiosamente a perda dos seus ante queridos.
Referência
CALVINO, João. Comentário dos Salmos. Livro 2 (PDF)
WIERSBE, Warren. Comentário do Livro de 1 Reis. (PDF)
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